O poder da palavra e do testemunho.

"Naquele tempo, João convocou dois de seus discípulos, e mandou-os perguntar ao Senhor: És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?” Eles foram ter com Jesus, e disseram: “João Batista nos mandou a ti para perguntar: ‘És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?’” Nessa mesma hora, Jesus curou de doenças, enfermidades e espíritos malignos a muitas pessoas, e fez muitos cegos recuperarem a vista. Então, Jesus lhes respondeu: “Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e a boa nova é anunciada aos pobres". (Lc 7,19-22)

No evangelho, a pergunta dos discípulos de João era para confirmar se Jesus era de fato o Senhor, o Messias, o Emanuel (que significa: Deus Conosco), aquele que já nas profecias do antigo testamento prometia sua vinda e que nos livraria da escravidão do pecado, através de sua ação redentora.

Ao lhe perguntarem, Jesus não responde com palavras, mas com ação eficaz que dá perfeito testemunho de quem ele é. Curando doenças, enfermidades, expulsando espíritos malignos de muitas pessoas, cegos que recuperaram a vista, mortos que ressuscitam, paralíticos que voltam a andar, entre muitos outros milagres. Então Jesus manda-lhes contar a João o que vistes e ouvistes, pois muitos comentavam o que Jesus realizava por onde passava.

Meditando esse evangelho, podemos notar o quanto nossas ações podem dar testemunho de quem somos nós. De fato, somos criados por Deus a sua imagem e semelhança (Cf. Gn 1,26), somos imagem e semelhança do Amor, da Justiça, da fidelidade, do Caminho, da Verdade, da Vida...  Atribuições que expressam com palavras a natureza divina, sendo Deus infinitamente maior que elas, mas que nos ajudam a conhecê-lo.

Diante disso, podemos nos perguntar: Será que nos conhecemos? Será que nossas ações têm dado testemunho de Amor, da justiça, da fidelidade, de um caminho que conduz a verdade e a vida?

Certa vez escutei uma verdade através de uma frase que nunca mais esqueci: “A palavra convence, mas o testemunho arrasta”.

Essa frase caiu perfeitamente nesse evangelho, pois somente Deus tem palavras de vida eterna (Cf. Jo 6,68), capaz de convencer, pois ela é viva e eficaz (Cf. Heb 4,12). Além disso, Jesus não só fala, mas dá testemunho de quem ele é.

Infelizmente existem pessoas que acolhem palavras malditas, essas são marcadas e fragilizadas às vezes pelo resto da vida, palavras que as influenciam e enganam a muitos que nela acreditam, e que as tomam como verdade para si: os palavrões, insultos, discriminações de vários níveis, entre muitos outros... Essas palavras não edificam, não provém da verdade, não respeitam sua dignidade, identidade, não te levam a um encontro consigo mesmo, mas que são capazes de criar traumas e feridas naqueles que as acolhem. Se as palavras benditas tem o poder de fazer o bem e edificar, as malditas tem o de fazer mal e destruir. Tome posse somente do que te edifica!

Podemos notar o quanto as palavras e o testemunho tem poder, não só de revelar quem somos nós, mas de arrastar pessoas pelo caminho que estamos trilhando.

Assim também funciona a comparação do testemunho e do contra-testemunho, ambos podem propor um caminho, mas antes devemos nos perguntar, quem estamos seguindo e de quem estamos dando testemunho com nossas palavras e nossas ações?

Sabendo que Deus é Amor e que somos sua imagem e semelhança, somos convidados a percorrer o caminho que nos conduz a vida, esse convite é um convite de amor, que nasce do respeito a sua liberdade, mas que não cessa de te convidar a percorrer e estar nesse caminho de verdade e vida, e vida em abundancia.

Os santos compreenderam muito bem isso e foram muito felizes, conheciam-se e tiveram intimidade com seu criador. Com seu testemunho, arrastavam uma multidão que fizeram e fazem a diferença no mundo em que vivemos. Propagando o amor, vivendo a verdade, saindo de si e indo ao encontro do outro, para que esse tenha uma vida melhor.

Procuremos não propagarmos palavras e testemunhos malditos, que ferem o coração, a vida de muitos, nos afasta de Deus, de nós mesmo e de nossos irmãos.

Vivamos com a dignidade de filhos de Deus, criados a sua imagem e semelhança. Peçamos a graça de Deus para assim como os santos, vivermos bem e felizes, dando um testemunho autêntico através não só de nossas palavras, mas também com nossas ações.



* Allan Farias (Comunidade Católica Pequeno Rebanho)
Paz e Bem !
(Equipe do Crisma) 

Parecidos com o Mestre

A admiração pela pessoa de Jesus, seu chamado e seu olhar de amor despertam uma resposta consciente e livre desde o mais íntimo do coração do discipulo, uma adesão a toda sua pessoa ai saber que Cristo o chama pelo nome (cf. Jo 10,3). É um "sim" que compromete radicalmente a liberdade do discípilo a se entregar a Jesus, Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14,6). É uma resposta de amor a quem o amou primeiro "até o extremo" (cf. Jo 13,1). A resposta do discípulo amadurece neste amor de Jesus: "Eu te seguirei por onde que que vás" (Lc 9,57).


O Espírito Santo, que o Pai nos presenteia, identifica-nos com Jesus-Caminho, abrindo-nos a seu mistério de salvação para que sejamos filhos seus e imrãos uns dos outros; identifica-nos com Jesus-Verdade, ensinando-nos a renunciar a nossas mentiras e ambições pessoais; e nos identifica com Jesus-Vida, permitindo-nos abraçar seu plano de amor e nos entregar para que outros "tenham vida nele".

Para ficar verdadeiramente parecido com o Mestre, é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que ele quis chamar seu povo: "Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei" (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus, com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser característica de sua Igreja, comunidade discípulo de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio: "Nisso conhecerão todos que sois os meus discípulos" ( Jo13,35).

* Documento de Aparecida (Pag. 73 e 74)

Paz e Bem !
(Equipe do Crisma)

Como Rezar o Rosário/Terço ?


COMO REZAR O ROSÁRIO / TERÇO:

1. Segurando o Crucifixo, fazer o Sinal da Cruz e em seguida rezar o Creio.
2. Na primeira conta grande, recitar um Pai Nosso.
3. Em cada uma das três contas pequenas, recitar um Ave Maria.
4. Recitar um Glória antes da seguinte conta grande.
5. Anunciar o primeiro Mistério do Rosário do dia e recitar um Pai Nosso na seguinte conta grande.
6. Em cada uma das dez seguintes contas pequenas (uma dezena) recitar um Ave Maria enquanto se faz uma reflexão sobre o mistério.
7. Recitar um Glória depois das dez Ave Marias.
8. Cada uma das seguintes dezenas é recitada da mesma forma: anunciando o correspondente mistério, recitando um Pai Nosso, dez Ave Marias e um Glória enquanto se medita o mistério.
9. Ao se terminar o quinto mistério o Rosário costuma ser concluído com a oração da Salve Rainha.


Orações do Santo Rosário

ORAÇÃO PREPARATÓRIA

Vinde Espírito Santo, enchei os corações de Vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor.
Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado.
E renovareis a face da terra.
Oremos: Deus, que instruístes os corações dos Vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da Sua preciosa consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

OFERECIMENTO

Divino Jesus, nós Vos oferecemos este terço que vamos rezar, meditando os mistérios da nossa Redenção.
Concedei-nos, por intercessão da Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, as virtudes que nos são necessárias para bem rezá-lo e a graça de ganharmos as indulgências desta Santa devoção
Oferecemos, particularmente, em desagravo dos pecados cometidos contra o Santíssimo Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria, pela paz do mundo, pelas intenções do Santo Padre, pelo aumento e santificação do clero, pela santificação das famílias, por todas as nossas intenções particulares e pelo Brasil.

SINAL DA CRUZ

Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos, Deus, nosso Senhor, dos nossos inimigos. 
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém

CREIO (CREDO)

Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra, creio em Jesus Cristo, seu único filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro, dia subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai, todo poderoso, de onde a de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém. 

PAI NOSSO

Pai Nosso, que estais no Céu Santificado seja o Vosso Nome Venha a nós o Vosso Reino Seja feita a Vossa Vontade, Assim na Terra como no Céu O Pão-Nosso de cada dia nos daí hoje Perdoai-nos as nossas ofensas Assim como nós perdoamos a Quem nos tem ofendido E não nos deixeis cair em tentação Mas livrai-nos do Mal. Amém

AVE MARIA

Ave-Maria, cheia de graça! O Senhor é convosco Bendita sois vóis entre as mulheres E Bendito é o Fruto do vosso ventre, Jesus Santa Maria Mãe de Deus, Rogai por nós os pecadores Agora e na hora de nossa morte. Amém

GLÓRIA AO PAI

Glória ao Pai , ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio , agora e sempre. Amém

AGRADECIMENTO

Infinitas graças Vos damos, Soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de Vossas Mãos liberais. Dignai-Vos, agora e para sempre, tomar-nos debaixo de Vosso poderoso amparo, e para mais Vos obrigar Vos saudamos com uma Salve Rainha...

SALVE RAINHA

Salve Rainha, Mãe de Misericórdia Vida, doçura e esperança nossa, Salve! A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva A Vós suspiramos, gemendo e chorando neste Vale de Lágrimas. Eia, pois, advogada nossa Esses Vossos olhos misericordiosos A nós volvei! E depois desse desterro, Mostrai-nos Jesus, bendito fruto do Vosso Ventre Ó Clemente, Ó Piedosa, Ó Doce Sempre Virgem Maria. Rogai por nós Santa Mãe de Deus, Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.



EM CADA DIA DA SEMANA SE CONTEMPLA UM MISTÉRIO:

Mistérios gozosos (segunda-feira e sábado)

1º – Anunciação do anjo São Gabriel a Nossa Senhora (Lc 1,26-38)
2º – Visita de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel (Lc 1,39-56)
3º – Nascimento de Jesus em Belém (Lc 2,1-21)
4º – Apresentação do Menino Jesus no templo (Lc 2,22-40)
5º – Encontro de Jesus no templo entre os doutores da lei (Lc 2,41-52)

Mistérios luminosos (quinta-feira)

1º – O batismo de Jesus no Jordão (Mt 3,13-17)
2º – O 1º milagre nas bodas de Caná (Jo 12,1-12)
3º – O seu anúncio do Reino de Deus com o convite à conversão (Mc 1,15 * Mc 2,3-13 * Lc 7,47-48 * Jo 20, 22-23)
4º – A sua transfiguração (Lc 9,28-36)
5º – A instituição da Eucaristia (Jo 13,1-20)

Mistérios dolorosos (terça-feira e sexta-feira)

1º – Agonia mortal de Jesus no horto das Oliveiras (Mt 26,36-46)
2º – Flagelação de Jesus atado à coluna (Mt 27,11-26)
3º – Coroação de espinhos de Jesus  (Mt 27,27-31)
4º – Subida dolorosa do Calvário (Jo 19,17-24)
5º – Crucificação de Jesus (Jo 19,25-37)

Mistérios gloriosos (quarta-feira e domingo)

1º – Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 20,1-18)
2º – Ascensão gloriosa de Jesus Cristo ao céu (At 1,4-11)
3º – Descida do Espírito Santo sobre os apóstolos (At 2, 1-13)
4º – Assunção gloriosa de Nossa Senhora ao céu (Sl 44,11-18)
5º – Coroação de Nossa Senhora no céu (Ap 12,1-4)


Eu Rezo o Rosário !


Paz e Bem !
(Equipe do Crisma)

Para encontrar a pessoa certa É preciso ser a pessoa certa.


Vivemos em uma sociedade que cada vez mais despreza todas as formas de compromisso e de seriedade relacional. Diante disso, experiências de supostas aventuras momentâneas acabam, na maioria das vezes, prevalecendo diante do desejo de se viver um comprometimento sério no namoro.


De fato, em meio às frágeis concepções relacionais existentes em nosso tempo, torna-se cada vez mais difícil encontrar “a pessoa certa” para se viver um sadio relacionamento afetivo. Além do que, neste processo de encontrar a pessoa certa muita paciência e sabedoria são necessárias.


Aqui se aplica concretamente a antiga máxima: “Antes só do que mal acompanhado”, pois, em tais circunstâncias uma escolha errada pode acarretar terríveis e desagradáveis consequências: afetivas, emocionais e existenciais.


Para se encontrar a pessoa certa é preciso antes ser a pessoa certa, ou seja, é necessário estar preparado para tal encontro, para, assim, poder oferecer o melhor de si ao outro.


O namoro é uma realidade para a qual é preciso preparar-se, e preparar-se bem: através oração e vivência dos sacramentos, buscando a própria cura interior, procurando moldar as fragilidades do temperamento, entre outros. Enfim, para ser a pessoa certa para o outro se faz necessário estar bem consigo, com os próximos e, principalmente, com Deus.


E só está realmente bem aquele que não centrou seu coração em si mesmo, mas n’Aquele que lhe é infinitamente superior, dando a Este a total prioridade em tudo o que se é e se faz. O encontro com um “outro” não pode ser a única e cega meta da vida, mas ao contrário, deve ser a simples consequência do encontro com o “Outro”, que confere o verdadeiro lugar para todo e qualquer afeto humano.


Quem ainda não colocou o Sagrado no centro de sua existência não está pronto para viver um relacionamento sadio, pois correrá o sério risco de divinizar o outro, dando a este um lugar devido somente a Deus e, consequentemente, exigindo dele o que somente o Senhor pode lhe oferecer, tornando, dessa forma, a relação pesada e sufocante.


Existem lacunas em nós que somente o amor de nosso Autor poderá preencher, e apenas a partir de um profundo encontro com Ele nossos relacionamentos poderão tornar-se maduros e realmente bem sucedidos.


O amor só pode ser vivenciado com vida e equilíbrio, onde o “Amor” verdadeiramente saciou as fragilidades e vazios do coração.


Vivendo a partir de tais princípios e cuidando sempre e bem do coração, nós nos tornaremos capazes de inaugurar as devidas vias que precederão a tão desejada interação, a ser realizada pelo namoro, e poderemos assim saborear seu posterior êxito e plenitude.


* Padre Adriano Zandoná

Paz e Bem !
(Equipe do Crisma)

Quem são os Anjos ?


O Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que: "Ainda aqui na terra, a vida cristã participa na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus" (§ 336).


Mas quem são os anjos? A palavra anjo – do latim “angelus” – quer dizer “mensageiro”.


Os anjos são servidores e mensageiros de Deus, como diz o salmista: "poderosos executores da sua [Deus] palavra, obedientes ao som da sua palavra" (Salmo 103,20).


Jesus disse que os anjos dos pequeninos contemplam "constantemente a face de meu Pai que está nos céus" (Mateus 18,10). E a Igreja viu aí uma alusão ao anjo da guarda, guardião do corpo e da alma dos homens, cuja festa é celebrada liturgicamente no dia 2 de outubro, desde o século XVI, a qual foi universalizada pelo Papa Paulo V, depois que Leão X, em 1508, aprovou o ofício composto por João Colombi.


Os anjos são criaturas puramente espirituais, dotadas de inteligência e de vontade; são criaturas pessoais e imortais. “Eles jamais poderão morrer, porque são iguais aos anjos e são filhos de Deus, porque são ressuscitados” (Lucas 20,36). Eles superam em perfeição a todas as criaturas visíveis, como dá testemunho o fulgor de sua glória: “Seu corpo era como o crisólito; seu rosto brilhava como o relâmpago, seus olhos, como tochas ardentes, seus braços e pés tinham o aspecto do bronze polido e sua voz ressoava como o rumor de uma multidão” (Daniel 10,6).


O Papa Pio XII, na Encíclica “Humani Generis”, de 12.08.1950, deixa claro que os anjos são seres pessoais. A mesma afirmação fez o Papa Paulo VI na sua “Profissão de Fé”, no “Credo do Povo de Deus”, em 30.06.1968.


A Igreja conhece o nome de três Arcanjos, e a Liturgia celebra no dia 29 de setembro a festa deles: São Miguel, São Gabriel e São Rafael, e lembra ao mesmo tempo todos os coros angélicos.


No Apocalipse, São Miguel e seus anjos são mostrados como defensores do povo de Deus.


"Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão. O Dragão e seus anjos travaram combate, mas não prevaleceram" (Apocalipse 12, 7).


Os anjos estão presentes na história da humanidade desde a criação do mundo (cf. Jó 38,7). São eles que fecham o paraíso terrestre (Gn 3, 24); protegem Lot (Gen 19); salvam Agar e seu filho (Gen 21,17). Seguram a mão de Abraão para não imolar Isaac (Gen 22,11); a Lei é comunicada a Moisés e ao povo por ministério deles (At 7,53). São eles que conduzem o povo de Deus (Ex 23, 20-23). Eles anunciam nascimentos célebres (Jz 13); indicam vocações importantes (Jz 6, 11-24; Is 6,6). São eles que assistem aos profetas (1 Rs 19,5). Foi um anjo que anunciou a Gedeão que devia salvar o seu povo; e um anjo anunciou o nascimento de Sansão (Jz 13). O anjo Gabriel instruiu a Daniel (8,16), ainda que nesse trecho bíblico não seja chamado de anjo, mas "o homem Gabriel" (9,21). Este mesmo espírito celestial anunciou o nascimento de São João Batista e a encarnação de Jesus. Assim como anunciaram a mensagem aos pastores (Lc 2,9), e a missão mais gloriosa de todas: a de fortalecer o Rei dos Anjos em sua Agonia no Horto das Oliveiras (cf. Lucas 22, 43).


Nos Evangelhos, eles também são citados diversas vezes, como na infância de Jesus, nas tentações do deserto, na consolação do Getsêmani. Também são testemunhas da Ressurreição do Senhor, assistem a Igreja que nasce e os Apóstolos. Enfim, eles prepararão o Juízo Final e separarão os bons dos maus.


Toda a vida de Jesus foi cercada da adoração e do serviço dos anjos. Desde a Encarnação até a Ascensão do Senhor, eles O acompanharam. A Sagrada Escritura diz que quando Deus "introduziu o Primogênito no mundo, proclama: "Adorem-no todos os Anjos de Deus" (Hebreus 1, 6). Alguns teólogos acham que isso motivou a queda dos anjos maus, por não aceitarem adorar a Deus Encarnado na forma humana.


No Apocalipse, os anjos aparecem como ministros da liturgia celeste, oferecendo a Deus a oração dos justos, e talvez seja esta a sua mais bela missão.


"Na minha visão ouvi também ao redor do trono, dos animais e dos anciãos, a voz de muitos anjos, e número de miríades de miríades e de milhares de milhares bradando em alta voz: ‘Digno é o Cordeiro imolado de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a glória, a honra e o louvor’" (Apocalipse 5, 11).


"Eu vi os sete Anjos que assistem diante de Deus. Foram lhes dadas sete trombetas. Adiantou-se outro anjo, e pôs-se junto ao altar, com um turíbulo de ouro na mão. Foram-lhe dados muitos perfumes, para que os oferecesse com as orações de todos os santos no altar de ouro, que está diante do trono. A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos santos, diante de Deus" (Apocalipse 8,2-5).


Em toda a Bíblia, encontramos muitas vezes que cada alma tem seu anjo guardião. Abraão, ao enviar seu servo para buscar uma esposa para Isaac, lhe diz: “Ele enviará seu anjo diante de ti” (Gênese 24, 7).


As palavras do Salmo 90, que o demônio citou para Jesus na tentação do deserto (cf. Mateus 4, 6) são bem conhecidas, e Judite relata seu êxito heróico dizendo: "Viva o Senhor, cujo anjo foi o meu guardião" (Judite 13, 20).


Essas passagens e muitas outras semelhantes (cf. Gen, 16, 6-32; Os, 12, 4; 1Re 19, 5; At 12, 7; Sl 33, 8), são reforçadas com as palavras do Senhor: “Guardai de menosprezar a um desses pequeninos, porque lhes digo que seus anjos, no céu, vêem continuamente o rosto de meu Pai que está nos céus" (Mateus 18,10).


A Bíblia não só apresenta os anjos como nossos guardiões, mas também como nossos intercessores. O anjo Rafael diz: "Ofereci orações ao Senhor por ti" (Tobias 12, 12).


"A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos santos diante de Deus." (Apocalipse 8,4).



Paz e Bem !
(Equipe do Crisma)

A Teologia do Corpo

Não sabe do que se trata? Então assista este vídeo.



Paz e Bem !
(Equipe do Crisma)

A ditadura da 'cultura do corpo'


Atualmente há a ditadura da "cultura do corpo". Os pais precisam estar atentos a essa doentia "cultura", que hoje domina o mundo e que se estabeleceu na sociedade com o objetivo de consumo de produtos e de serviços voltados para a beleza. É uma verdadeira ditadura. Muitos jovens sofrem porque não têm aquele corpinho de "top model" ou porque não têm "aquela" musculatura especial... A mídia colocou na cabeça, especialmente das mulheres, que o "mais importante" é ser bonita de corpo, esbelta, magra, segundo os "padrões de beleza" dos que ditam a moda para os outros. A propaganda emplacou uma grande mentira: se você não tiver aquela calça "da moda" ou aquela camisa "da marca", então você não será feliz. Os comerciais de TV e as novelas ensinam para os jovens uma coisa perversa: se você não for sexy, você não poderá ser feliz e não terá um namorado, será rejeitada. Os pais têm que criar um antídoto contra essa insanidade. 


Por causa dessa "cultura do corpo", que hoje ocupou o lugar da "cultura do espírito", muitos jovens estão angustiados e até mesmo "escravizados", porque não conseguem atingir este padrão de "beleza". Ora, saiba mostrar a seus filhos que a felicidade construída em cima desses valores é efêmera, vai acabar muito cedo e deixar o jovem no vazio. A moda pode até ser boa se for equilibrada, se for um meio, mas não um fim. Os pais precisam despertar os filhos para a verdadeira beleza que está na alma, no interior, "invisível aos olhos", que não acaba; que o tempo não envelhece.


Deus seria injusto se a nossa felicidade dependesse da cor da nossa pele, do perfil do nosso corpo ou da ondulação do cabelo. Pois tudo isso é genético e não conseguimos mudar.


Quanto mais o jovem construir a sua felicidade em cima de valores espirituais, tanto mais ele será de fato um homem e uma mulher como Deus quer.


É dificílimo hoje para o jovem fugir desta onda de supervalorização do corpo, por isso é muito importante a educação neste sentido para ele não se tornar um escravo [do corpo]. E os pais têm de mostrar isso a eles de maneira convincente.  


Saiba mostrar a seu filho que Deus o ama por aquilo que ele é; e do jeito que ele é. Que diante do Senhor não se é avaliado pelo que se vê, mas pelo que se faz. Ensine o jovem a atirar para longe este complexo de inferioridade; e faça-o olhar menos para o espelho e mais para a sua alma. 


Ajude-o a cultivar o seu saber, a fé, a espiritualidade, seus amigos e amigas, sua família, seu trabalho, sua profissão e seu Deus, muito mais do que o seu corpo. Ensine-o a gastar mais o seu tempo e seu dinheiro em coisas e atividades que o fazem crescer, naquilo que não passae que o tempo não destrói.


Michel Quoist, grande padre francês, dizia aos jovens que para ser belo é melhor parar 'cinco minutos diante do espelho, dez diante de si mesmo, e quinze diante de Deus". Não deixe que o seu filho inverta esta ordem, para que não caminhe de cabeça para baixo. Infelizmente a cultura de hoje valoriza mais a roupa, a comida, o carro, a casa, as viagens, as festas, o celular, o CD..., em vez do "ser" mais e melhor. Não estou falando aqui de desprezar as coisas boas que nos ajudam a viver, mas de não tomá-las como um fim. 


Pais, hoje temos edifícios altos, mas homens pequenos; estradas longas e largas, mas almas curtas; pessoas ricas, mas gente pobre... As casas são grandes, mas as famílias são pequenas... Temos muitos compromissos, mas pouco tempo... Gastamos muito e desfrutamos pouco... Multiplicamos os nossos bens, mas reduzimos os valores humanos... Falamos muito, mas amamos pouco e odiamos demais...


Fomos à lua, mas ainda não atravessamos a rua para conhecer o vizinho... Temos mais conhecimentos, mas pouco discernimento... Temos muita pressa e pouca perfeição... Temos mais dinheiro, mas menos moral e menos paz... Temos mais bens, mas menos caráter... Temos casas mais lindas, porém, mais famílias destruídas... Conquistamos o espaço exterior, mas perdemos o espaço interior... Temos mais prazer, porém, menos alegria...


Lembro-me de Edith Piaf, uma cantora lírica francesa, pequenina e "feinha", mas muito simpática. Quando começava a cantar a plateia a ovacionava; parecia um anjo a cantar. Muito mais se pode dizer de Madre Teresa de Calcutá, Edith Stein e tantas outras. 


Se a beleza física fosse sinônimo de garantia de felicidade, não encontraríamos tantos artistas frustrados, buscando fugir de suas angústias nas drogas, muitas vezes. Quantas moças e rapazes lindos já morreram numa overdose de cocaína! 


Se o dinheiro fosse sozinho garantia de felicidade, não encontraríamos tantos ricos angustiados e tantos ídolos que acabam com a própria vida no suicídio.


Ensine seu filho a construir a vida naquilo que os olhos não veem, mas que é essencial: honra, saber, moral, caridade, bondade, mansidão, força de vontade, humildade, desapego, pureza, paciência, disponibilidade. Esses são valores que nos mantêm verdadeiramente de pé!


De nada vale um jovem ter um corpo de atleta ou de modelo se a sua alma está em frangalhos e o seu espírito geme sob o peso da matéria e da carne. Será um escravo que poderá um dia buscar compensação até nas drogas, para fugir do vazio existencial.


Se você bater num tambor cheio de água, ele não fará barulho; mas se você bater num tambor vazio, vai fazer um barulhão. Os homens também são assim, fazem muito barulho quando estão vazios... Se a hierarquia de valores que os pais transmitem aos filhos for invertida, a grandeza deles ficará comprometida. 


Quando você permite que as paixões do corpo sufoquem o espírito, não há mais homem ou uma mulher, mas uma "caricatura" de homem ou de mulher.


Se o seu filho se frustrar no nível biológico, porque possui algum defeito físico, ele poderá sublimar essa frustração e ser feliz se realizando num nível mais alto, o da cultura e do saber. Se ele não pode se realizar no nível racional, poderá fazê-lo no nível espiritual, que é o mais elevado, numa relação íntima com Deus. Mas se ele desprezar o nível espiritual, não poderá se realizar plenamente porque acima deste não há outro onde possa buscar a compensação.


O grande poeta francês Exupèry dizia que "o essencial é invisível aos olhos". A razão é simples: tudo que é visível e material passa e acaba; o invisível, o espiritual, fica para sempre.


Todos os seres criados voltam ao seu nada, voltam ao pó da terra, porque a força que os mantém vivos está em cada um, mas não lhes pertence. O poder de ser uma rosa está na rosa, mas não é da rosa. 


Quando você vê uma bela flor murchar, é como se ela estivesse lhe dizendo: "A beleza estava em mim, mas não me pertencia; Deus a tinha me emprestado". O poder de ser um cavalo está no cavalo, mas não é dele. Se fosse dele, jamais ele morreria. Ele foi criado por Alguém, que o mantém vivo. Quando uma bela artista envelhece, e surgem as rugas, ela está dizendo que a beleza estava nela, mas não era propriedade sua. 


Se o seu filho ficar cultivando apenas o seu corpo e se esquecer da sua alma, amanhã estará amargurado, pois, do mesmo jeito que a rosa murchou, o seu corpo também envelhecerá; e isso é inexorável. 


O seu filho não foi criado apenas para esta vida transitória e passageira, na qual tudo fica velho e se acaba, ele foi feito para a eternidade, para uma vida que nunca acaba.


O jovem fogoso que foi Santo Agostinho, um dia chegou a esta conclusão: "De que vale viver bem, se não posso viver sempre?"


"De nada vale ter um corpo de atleta se a alma está em frangalhos"



*   Felipe Aquino (site do autor: www.cleofas.com.br)

Paz e Bem !
(Equipe do Crisma)

Quando a missa se torna uma obrigação...


Religião é uma forma de religar. Religa partes, une pontas e diminui distâncias. O sacramento está sempre unido a um símbolo justamente por isso, pois ele é uma forma de concretizar a natureza da religião. Ele é a parte humana que se estende em direção a Deus com o intuito de tocá-lo e experimentá-lo. O símbolo é uma forma de prazer e o sacramento também, pois nele o sacrifício está redimensionado, já tem cores de ressurreição.


A pergunta


O menino chegou e perguntou-me: "Padre, eu sou obrigado ir à missa?". Olhei seus olhos e percebi uma honestidade na questão formulada. Junto da honestidade, havia uma ansiedade que lhe impedia o sorriso. No rosto, não havia alegria. Estava tomado de uma certeza de que a liturgia católica, para ele, estava longe de ser um acontecimento que lhe extraia gratuidade. Era uma obrigação a ser cumprida.


Sua voz parecia me pedir socorro, feito escravo com sua carta de alforria em mãos, a me pedir assinatura.


Naquele momento, fiquei sem palavras. Senti o coração apertado no peito e o desejo de nada responder. Reportei-me à Escritura Sagrada e senti-me como o próprio Abraão, diante do questionamento de Isaac: "Pai, onde está a vítima do sacrifício?" (Gn 22, 7). Pergunta que não tem resposta. Pergunta cheia de ansiedade, de silêncio, de motivos, honesta e plena de razões.


Olhei-o com muita firmeza e resolvi desafiá-lo: "É obrigado visitar alguém a quem se ama?". Ele disse: "Não, não é não, padre". Seguiu-se o silêncio. Calou-se ele, e eu também.


A pergunta que não cala


Algumas horas depois, retomei sua pergunta e fiquei pensando nela. Coloquei-me a pensar na religião que se apresenta ao coração humano como obrigação a se cumprir, feito mochila pesada que se leva nas costas.


Fico pensando no quanto a obrigação pode se opor ao prazer. E o quanto é contraditório fazer a religião ser o local da obrigação. Na expressão: "Deus é amor" (1Jo 4, 8), definição que João nos apresenta em sua carta, está a declaração da gratuidade de Deus.


Deus é o próprio ato de amar. Ele é o amor acontecendo, e a liturgia é a atualização dessa verdade na vida das pessoas. Ir à missa é tomar posse da parte que nos cabe.


Tudo o que ali se celebra e se realiza tem o único objetivo de nos lembrar que há um Deus que se importa conosco, que nos ama e quer nos ver mais de perto. O sacramento nos aproxima de Deus.


Tudo bem, essa é a Teologia, mas e a vida, corresponde à verdade teológica?


Nem sempre. Nosso rito, por vezes, cansa mais do que descansa. É lamentável que a declaração de amor de Deus por nós tenha se tornado uma obrigação.


Sou obrigado a ouvir alguém dizer que me ama?


Se muita gente pensa assim, é porque não temos conseguido "amorizar" a celebração. Racionalizamos o recado de Deus e o reduzimos a uma informação fria e calculada. Dizemos: "Deus nos ama!", da mesma forma como informamos: "A cantina estará funcionando depois da missa!".


A resposta que responde perguntando


Pudera eu ter uma solução! Ou quem sabe uma resposta que aliviasse os corações que se sentem obrigados a conhecer o amor de Deus, como o coração daquele menino.


Talvez, o teu coração também já tenha experimentado essa angústia e essa ansiedade. Gostaria de saber restituir o sabor lúdico das celebrações católicas. Torná-las acontecimentos reveladores, palavras para não serem esquecidas e imagens que despertassem o coração humano para o desejo de descansar ali todas as questões existenciais que o perturbam.


O problema não está no conteúdo do que celebramos, mas, sim, na forma.


A natureza simbólica da vida é o lugar do encanto. Por isso, a celebração é cheia de símbolos. Mas o símbolo, se explicado, deixa de ser símbolo, perde a graça e deixa de comunicar. Talvez seja isso o que tem acontecido conosco. Na ansiedade de sermos eficientes, tornamos a celebração um local de comunicar recados. Falamos, falamos, de maneira ansiosa, cansada e repetitiva. Temos que falar algo, pois também o padre tem a sua obrigação!


E assim vamos celebrando, obrigando o coração e os sentidos a uma espécie de ritual que nos alivia a consciência, mas não nos alivia a existência.


A missa é muito mais do que uma obrigação: é um encontro. Encontro de partes que se amam e se complementam. É só abrir os olhos e perceber!


Creio que possa ser diferente.


Pe. Fábio de Melo (fonte: www.cancaonova.com)

Paz e Bem!
(Equipe do Crisma)

Não duvidar daquilo que a Igreja ensina


"O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e recordará tudo o que vos tenho dito" (João 14,25).


Antes de Jesus sofrer a Sua Paixão, na noite da despedida, naquela última Santa Ceia memorável, deixou bem claro aos apóstolos que eles teriam a assistência permanente do Espírito Santo. Sinta-se um instante naquela Ceia e ouça-O falar naquela noite memorável da despedida: "Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Paráclito (Defensor), para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós" (João 14, 15-17).

Ora, como poderia a Igreja Católica se desviar do caminho de Deus se o Espírito da Verdade está nela e, com ela, desde o começo, e nela “permanece” sempre? Será que essa Promessa de Jesus não se cumpriu? Será que o Senhor mentiu naquela noite memorável? Não! Jesus foi enfático, o Espírito Santo não só “permanecerá convosco”, mais ainda: “estará  em vós”, eternamente.


Na mesma noite da despedida, Jesus ainda disse aos apóstolos: "Disse-vos estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e recordará tudo o que vos tenho dito" (João 14,25).

Ora, como pode a Igreja se enganar na sua missão de levar os homens a Deus se o Senhor lhe prometeu na última noite: o Espírito Santo "ensinar-vos-á todas as coisas"? Observe que Cristo colocou o verbo no futuro: “ensinar-vos-á”; quer dizer: todos os dias daquele dia em diante, até Ele voltar. Ele continua a ensinar a Igreja, e a Igreja aos homens.


Nem tudo que a Igreja acredita está na Bíblia, muitas coisas o Espírito Santo ensinou para ela [Igreja] no decorrer dos séculos: é a Sagrada Tradição. É por isso que cremos nos dogmas ensinados pela Igreja hoje e sempre.


Aqueles homens simples da Galileia não tinham condições de assimilar todas as verdades da fé, toda a teologia que hoje a Igreja conhece (dogmática, cristologia, liturgia, mariologia, pneumatologia, escatologia, exegese bíblica...), depois de muito estudo e reflexão. Jesus, então, lhes explicou que o Espírito Santo de Deus, o Espírito da Verdade, os guiaria à verdade no futuro. Como poderá, então, a Igreja errar se o Senhor lhe prometeu que o Seu Santo Espírito da Verdade “ensinar-vos-á toda a verdade”, desde o começo? Note que o verbo está no futuro.

Uma grande prova de que a Igreja Católica não erra, no essencial, é que, em toda a sua longa história de 2 mil anos, nunca um Papa revogou um ensinamento sobre a fé ou a moral de um antecessor seu. O mesmo aconteceu com os 21 Concílios ecumênicos (universais) que a Igreja já realizou; nunca um Concílio revogou um ensinamento de fé de outro anterior. Esta é a marca do Espírito Santo na Igreja: não há contradição.


"Fora da Igreja não há salvação", diziam os Santos Padres dos primeiros séculos da Igreja. E o Catecismo da Igreja Católica (CIC) explica o que isso significa: "Toda salvação vem de Cristo-Cabeça por meio da Igreja, que é o seu Corpo" (CIC § 846). Logo, sem a Igreja não pode haver salvação. Mesmo os não cristãos, sem culpa, podem se salvar se viverem de acordo com sua consciência, são salvos por meio da graça concedida à Igreja. Aqueles que, conscientemente, rejeitarem a Igreja, rejeitarão também a salvação. Jesus afirmou aos apóstolos, hoje nossos bispos: "Quem vos ouve, a Mim ouve, quem vos rejeita, a Mim rejeita; e quem Me rejeita, rejeita aquele que Me enviou" (Lc 10,16).

Só a eles o Senhor confiou o encargo de ensinar, sem erro, com a assistência do Espírito Santo. Por isso a Igreja é essencial.


A Igreja que Jesus fundou é a que “subsiste na Igreja Católica”, que tem 2 mil anos e nunca ficou sem um chefe, Sucessor de Pedro, que o Senhor escolheu.

* Prof. Felipe Aquino (Site do autor: www.cleofas.com.br)

Paz e Bem !
(Equipe do Crisma)

AVISO IMPORTANTE !

Amados Crismandos,

Não teremos encontro do crisma nos dias 23/10/2011 e 30/10/2011.

Motivos:

Dia: 23/10/2011 - Prova do ENEM



Dia: 30/10/2011 - Dia Nacional da Juventude

* A liberação do dia 30/10/2011 foi a pedido do nosso Padre.

Paz e Bem!
(Equipe do Crisma)

Qual a Função do Catecismo Romano ?

Assista esse vídeo e saiba um pouco sobre o Catecismo da Igreja Católica.


"Tudo sofro para que os seus corações sejam reconfortados e que, estreitamente unidos pela caridade, sejam enriquecidos de uma plenitude de inteligência, para conhecerem o mistério de Deus, isto é, Cristo, no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência. Digo-vos isso para que ninguém vos engane com discursos sedutores. Porque, embora corporalmente distante, estou presente a vós em espírito, e me alegro em ver a firmeza da vossa fé em Cristo.Como (de nossa pregação) recebestes o Senhor Jesus Cristo, vivei nele, enraizados e edificados nele, inabaláveis na fé em que fostes instruídos, com o coração a transbordar de gratidão!" (Cl 2,2-7)

Que o Catecismo da Igreja Católica seja um auxílio de Deus para que você esteja cada vez mais enraizado e edificado em Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, na qual devemos nossa eterna gratidão!

Paz e Bem.
(Equipe do Crisma)

O que Deus realmente quer de nós?


Qual é a verdadeira história do mundo? E o que Deus realmente quer de nós?
Apoiei-me, neste ponto, em Santo Agostinho, que, por sua vez, recorre à tradição catequética cristã precedente que representou toda História como uma luta entre dois estados, entre duas comunidades de cidadãos. Goethe retomou essa concepção e disse que a História é, no seu todo, uma luta entre a fé e incredulidade. Santo Agostinho fez uma interpretação um pouco diferente, dizendo que é uma luta entre dois tipos de amor, entre o amor a Deus até a renúncia a si mesmo e o amor a si mesmo até a negação de Deus.


Apresentou, portanto, a História como um drama da luta entre dois tipos de amor. Procurei precisar um pouco mais essa idéia ao dizer que o movimento contrário, na realidade, não é outro amor; nem merece o nome de amor, mas é a recusa do amor. A História é, no seu todo, a luta entre o amor e a incapacidade de amar, entre o amor e a recusa do amor. É o que, atualmente, voltamos a viver, quando a independência do Homem é levada ao ponto de dizer: não quero amar, porque então me torno dependente, o que contraria a minha liberdade.


Na realidade, o amor significa que se depende de alguma coisa que talvez me possa ser tirada e, por isso, traz um enorme risco de sofrimento para minha vida. Daí vem a recusa pronunciada ou não pronunciada: prefiro a não amar a ter que me expor constantemente a esse risco, a ser limitado na minha determinação de mim mesmo, de depender do que não depende de mim e a poder, por isso, precipitar-me de repente no nada. A decisão da parte de Cristo é, contudo, outra: sim ao amor, porque só o amor, precisamente com risco de sofrimento e de perda de si mesmo que envolve, leva o Homem a si próprio e leva aquilo que ele deve ser.



Penso que esse é, realmente, o verdadeiro drama da História; na multiplicidade das frentes contrapostas umas às outras, a História pode ser reconduzida, em uma análise, a esta fórmula: sim ou não ao amor.
E o que Deus realmente quer de nós?


Quer que nos tornemos pessoas que amam, porque então somos imagens d'Ele. Porque Ele é, como nos diz São João, o amor, quer que haja criaturas que sejam semelhantes a Ele; criaturas que, a partir da liberdade do seu amor se tornam como Ele e Lhe pertençam e, desse modo, irradiam, por assim dizer, a luz d'Ele mesmo.


Do livro "O Sal da Terra: o Cristianismo e a Igreja Católica no século XXI: Um diálogo com Peter Seewald/Joseph Ratzinger" - Rio de Janeiro: Imago Ed. pg 222/3 – 2005, 2a edição.
Cardeal Ratzinger (Papa Bento XVI)

Paz e Bem !
(Equipe do Crisma)

Perdoar: um ato de vontade


Perdoar é a prova pela qual o Senhor faz passar todos os seus combatentes. Perdoar nos classifica. Não perdoar nos desclassifica nessa seleção de combatentes.Perdoar é ato de vontade e não um simples sentimento. Temos o livre-arbítrio de escolher entre perdoar ou guardar entulhos no coração. A decisão é nossa. Somente com o perdão conseguimos harmonia em nosso coração.

A Palavra de Deus nos mostra claramente que o perdão abre a porta para alcançarmos as graças de que necessitamos.

“E quando estiverdes de pé orando, se tendes algo contra alguém, perdoai, para que o vosso Pai que está no céus também vos perdoe vossas faltas” (Mc 11,25).

Muitas vezes, não somos atendidos em nossas orações por causa da dureza do nosso coração. Pedimos muitas graças, rezamos, fazemos penitências, mas se não perdoamos, se ficamos guardando ressentimentos em nosso coração, a graça não acontece. Se nos recusamos a perdoar, automaticamente estamos impedindo que a graça de Deus se realize em nossas vidas...

Sem perdão o canal da graça está impedido. Ressentimentos, e muito mais ainda, rancores e ódios “entopem” o canal da graça. Ao longo de nossas vidas vamos acumulando mágoas e ressentimentos; somos pessoas complicadas, nos ofendemos com facilidade e na mesma proporção magoamos e ferimos as pessoas... É preciso mudar o coração. É necessário ser misericordioso como o Pai é misericordioso.

Temos um Pai que é todo amor. Na qualidade de filhos, precisamos nos encher de misericórdia, piedade e compaixão para como o nosso próximo. É preciso agir como o bom samaritano (cf. Lc 10,30-37).

Precisamos ser homens e mulheres semelhantes ao bom samaritano. Ele precisou renunciar a todos os seus projetos de seguir em frente e dar prioridade àquele que estava precisando de cuidados. Assim são os combatentes que o Senhor escolheu.

Deus coloca em nosso caminho as pessoas que precisamos ajudar e perdoar. É necessário ter um coração misericordioso. É imprescindível que este coração transborde em atitudes concretas.

Em nossa vida existem situações concretas nas quais precisamos usar de misericórdia. Por essa razão, precisamos conservar um coração sensível. A vida moderna não pode nos arrastar. Não pode endurecer o nosso coração. O mundo não pode nos tornar insensíveis.

Quando começamos a amar, tudo se transforma. Não espere toda a sua vida mudar, para depois começar a amar. Ao contrário: comece amando e tudo vai se transformar em sua vida.

Talvez na sua casa exista uma pessoa difícil de se relacionar, sempre irritada, indiferente e revoltada. A única maneira de reverter esse quadro é amá-la. Amar sem impor condições. Amar, mesmo que a pessoa continue errando. O amor precisa ser traduzido em paciência: ver a pessoa errar e assim mesmo estar junto, sem irritação, sem ficar a recriminando. Apenas amar, e isso é um exercício.

Amar não quer dizer deixar a pessoa fazer o que quiser. Você está presente, não a abandona, não fica falando na cabeça dela. Você aponta o caminho, mostra o certo e ama apenas. A misericórdia triunfa no julgamento. Se você for uma pessoa misericordiosa, será tratada com misericórdia no julgamento; o que nos salvara no julgamento será o amor traduzido em gestos concretos para com aqueles que erram.


* Por Monsenhor Jonas Abib (Fonte: www.cancaonova.com)


Paz e Bem !
(Equipe do Crisma)